quarta-feira, 7 de março de 2012

DE PAPO PARA O AR

Sabe aqueles dias em que não sem tem vontade de fazer nada, de papo para o ar como diria o filósofo Raul Seixas, “ficar sentado com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar”. Nestes dias um simples bom dia parece ser a coisa mais difícil de desejar a um amigo ou colega de trabalho.


Várias são as ações ou reações que nos levam a ter um sentimento assim, um mal dia no trabalho, na escola, com os amigos, família, profissionalmente. E algumas vezes parecem existir pessoas feitas para nos sentir assim, de colocar um ponto final nos nossos sonhos, como que se Deus lhes tivesse dado este direito.

Quando iniciamos um novo projeto em nossas vidas, vários são os planos futuros, empolgação e esperanças estão entre eles. De repente, um balde de água fria leva para o ralo tudo aquilo que planejamos durante um breve período para. Esse é o típico evento que nos faz sentir vontade de se isolar por um dia, refletir, colocar a caixola no lugar, para depois retomar a rotina.

Mas a fila anda, o frentista continua abastecendo os carros, o metalúrgico produzindo aço, o jornalista escrevendo o jornal e professor, mesmo sem didática, lecionando. Na contramão disto tudo há pessoas capazes de nos ressuscitar, um simples afago, um abraço, um beijo ou apenas nos ouvindo calada, como que se fosse a nossa válvula de escape. Estas sim valem a vida valer a pena conviver e fazer parte do nosso ciclo pessoal e íntimo.

Quaresma - Zona Rual de São Domingos do Prata, lugar ideal para um dia de papo para o ar

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