quarta-feira, 4 de abril de 2012

1900 BRASIL COLÔNIA - 2002 BRASIL COLÔMBIA

Revirando esta semana meus materiais antigos da época da faculdade de comunicação em busca de apostilas e trabalhos acadêmicos sobre normatização, para aplicação agora na engenharia, encontro um texto que já havia me esquecido, trata-se do Brasil colônia, Brasil Colômbia.

Foi o primeiro texto apresentado como estudante, já seguindo normas técnicas de redação, na matéria da saudosa professora Elaine, de Redação Jornalística I. A nota, não poderia ser melhor, 2 pontos em 2, e um grande elogio por parte da educadora. Para quem se interessar segue abaixo o texto.
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1900 BRASIL COLÔNIA - 2002 BRASIL COLÔMBIA


Bandidos armados com fuzis de fabricação americana e de uso exclusivo do exército brasileiro metralham a fachada da prefeitura do Rio de Janeiro, no dia 24 de junho de 2002, desafiando mais uma vez, a polícia não só do Rio, como do Brasil inteiro.

Cada vez mais o crime organizado toma conta do País, feito uma praga que não tem cura, começa em um ponto isolado e quando percebemos já tomou conta de tudo.

Até quando vamos ter que conviver com façanhas cada vez mais ousadas, façanhas que deixam boquiabertas as autoridades brasileiras, que só fazem prometer segurança, agir que é bom, nada. Fazem um ou dois dias de buscas nas partes mais baixas das favelas, “no pé do morro” como dizem os bandidos, isto porque eles são proibidos de subirem até o topo da favela, onde os verdadeiros chefões se encontram, onde ficam os pontos de execução que podem ser mostrados somente por meio de imagens feitas por helicópteros. Quando essa tais autoridades ameaçam subir um pouquinho mais o morro, são obrigados a fazer um verdadeiro comboio com dezenas de carros e helicópteros. Mas se a própria polícia tem medo dos bandidos, se ela própria tem um limite para trabalhar, se ela obedece aos limites impostos pelo crime organizado, o que devemos fazer para nos protegermos? Instalar toque de recolher? Ou quem sabe passar a pagar pedágio aos criminosos para não sofrermos atentados.

Sinceramente eu acho que se as autoridades não tomarem uma atitude urgente, que resolva de vez o problema da criminalidade que toma conta da cidade, o Brasil pode virar uma filial da Colômbia, onde as FARCS é que dominam o País, ditam ordens, leis, deveres, quem vive e quem morre. Essa atitude deve começar dentro da própria polícia, pois se esta foi criada para nos defender, porque ela negocia com Fernadinho Beira Mar a entrada de um celular no presídio de Bangu 1 por U$$10.000, ou a saída de Elias Maluco, o assassino do Jornalista Tim Lopes, da cadeia, pois acredito que seja saída e não fuga. Como a polícia quer entender o crime organizado se ela mesma não se entende, polícias Civil e Militar travam a maior briga entre si, querendo provar quem tem mais poder. Acho que durante um bom tempo vou ter que continuar lendo nos jornais presos sendo resgatados dentro dos presídios por helicópteros, ou promotores sendo baleados por um policial, jornalistas sendo executados por mostrar como funcionam os bailes funks ou uma dona de casa que é sequestrada e depois executada na porta da própria casa.

As coisas caminham tanto para o lado da Colômbia que Fernandinho Beira Mar foi preso lá, fiquei sabendo por “bocas de Matilde”, que ele estava fazendo um cursinho preparatório na FARCS, para lecionar técnicas colombianas de domínio aqui no Brasil.

Você já parou para pensar quanto o governo brasileiro gastou para buscá-lo. Porque não o deixaram lá mesmo, seria menos um bandido no Brasil. A desculpa que de lá ele iria levar seus negócios aqui? Grande coisa! ele irá continuar fazendo isto, só que dentro da sua cela. Ou será que é porque ele é o primeiro brasileiro a ter um míssil comprado direto de Ossama Bin Laden. Só faltou a Polícia Federal dizer: “Fernandinho é gente nossa, Fernadinho é gente que faz” por isso tem que ficar no Brasil.

Mas seguindo a linha da história, entre 1500 e 1600 o Brasil era colônia, até que chegou um tal de Dom Pedro I e deu um tal grito de independência ou morte. Será que já não é hora de dar um segundo grito, alí nas margens do Tiete, mas desta vez de; “Brasil não vires Colômbia”.

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